29/10/2011

A vida...




Pediram-me para falar sobre a vida, (uma doce menina, a Cátia). Sobre a vida em geral, sobre as coisas doces e bonitas, porque quem me pediu tinha um sorriso apaixonado no rosto. E quem no auge da juventude não é e não vive apaixonado?
No entanto como a minha idade afasta-se um pouco da dela, vou tentar juntar o sorriso de uma adolescente apaixonada e cheia de interrogações, com a minha “alguma”pouca experiência e algumas interrogações também.
A vida é um momento de respiração, é um sopro de magia para quem quer viver e quer ultrapassar as adversidades que vão surgindo.
É chorar por um amor que partiu, e sorrir ao que está para chegar. É soluçar a queda de uma árvore, mas ter a enxada pronta para plantar uma nova. É cair e levantar para continuar a caminhada, é sobretudo ter ou saber encontrar em si a capacidade de querer viver.
A vida na tua idade, na idade de querer ser “grande”, é para ser vivida a sonhar. Sonhar com um futuro, com uma passagem na vida académica. Festas e gargalhadas. É sonhar com uma profissão e sobretudo com um amor eterno. E como já dizia o poeta, todos os amores são eternos até terminarem.
É a idade da ilusão onde só impera a única verdade: a nossa!
Depois crescemos um pouco, e sonhos há que passam a fazer parte da nossa realidade, outros ainda estão em processo de metamorfose, e começamos aqui a entender que há sonhos que nunca vão passar de utopias. E com estas descobertas, crescemos mais um pouco e amadurecemos. Há duvidas que nunca se desfazem, outras desaparecem porque encontramos as respostas certas. Mas surgem outras dúvidas. E de repente começamos a travar batalhas. Batalhas que por vezes ganhamos, outras que por vezes perdemos … e outras ainda só sabemos os resultados anos mais tarde.
E continuamos a crescer… e numa idade como a minha, (e aqui só posso falar na minha experiência), vivo cada vez mais intensamente, aproveitando os resultados positivos das minhas batalhas, lutando para ganhar outras, e cultivando sempre a semente do amor.
Sim, porque em qualquer etapa da nossa vida, temos que ser agricultores dos nossos sentimentos e atitudes, só cultivando e trabalhando a sementeira, podemos tirar bons frutos para usar e partilhar.
Para mim a vida, é a minha horta. Todos os dias planto, mexo na terra, rego e retiro as ervas daninhas, para que possa sempre ter para dar aos outros o meus melhor fruto… amizade, amor e atitude!

19/10/2011

Até posso parecer cruel, mas... também somos filhos de Deus!

As medidas de austeridade, não foram só idealizadas, sonhadas ou pintadas só pelo governo. Por estes lados (no meu local de trabalho), também hoje alguém teve uma ideia luminosa.
Ora vejamos… cedermos voluntariamente (só espero que não sejamos voluntariamente obrigados) quinze minutos, dos sessenta de almoço. E a questão é: vamos ser voluntários em quê, ou para quê?
Pois… vamos incentivar (de forma pedagógica, como nos pediram) os meninos e meninas a almoçar correctamente na cantina da escola. Verificar se comem a sopa, o prato principal e a sobremesa. Se não, entender porquê e fazê-los ver que deviam almoçar correctamente.
Pessoalmente não concordo. Primeiro porque estão mexer com uma hora que é nossa, e que se formos a ver é pequena. E não me venham dizer que há países em que essa hora é menos ainda. Estamos cá, não vivo com o mal dos outros.
Segundo, acredito que há outra maneira de intervir, sem que estejamos a fazer de policias. Dou de sugestão apostar em comida de qualidade. Quer na forma de como é confeccionada, quer de variedade. Sim, porque se a comida for boa e quentinha, qualquer jovem vai comê-la e repetir. Não nos podemos esquecer que por vezes, é na escola que se come a única refeição digna. Mas para isso é preciso apostar na qualidade, claro está.
Temos que conquistar os meninos pelo estômago também, tal como se diz fazer com os maridos…
E em último caso, e porque não… convidar também o pessoal docente neste voluntariado. Afinal eles também têm um papel pedagógico tão ou mais importante que nós…

E assim me retiro.

07/10/2011

Atenda, Sr Ministro ...

Caramba, até me apetece ligar ao senhor Ministro da Educação, e pô-lo ao corrente (pois acredito que algumas coisas lhe escapem) de algo no mínimo ridículo. Ora vejamos, em cada escola há, ou pelo menos na sua maioria, um Senhor, a quem se chama de Segurança. Ele, é o elo de ligação entre as ocorrências na escola com os alunos (prioritariamente), e a Escola Segura. Para quem não sabe a Escola Segura é uma “coisas” que se resume ao patrulhamento das escolas, feita por dois agentes da PSP, nas horas mais criticas, ou em outras situações que necessitem da sua presença.
Mas voltando à SEGURANÇA…
Quando falamos em segurança, por defeito, vêm logo à ideia a imagem de um jovem atleta, com ar de mau armado em “Rambo”, e muito provavelmente no apogeu das suas capacidades, e no activo como pessoa trabalhadora.
Ora, ora, ora… aqui é que a porca torce o rabito. Nesta comunidade escolar, como em tantas outras presumo, o “Segurança” (que DEVIA vigiar, que DEVIA estar atento aqueles pormenores que escapam ou não os assistentes operacionais que por cá andamos) é um cavalheiro aposentado, que para além de desempenhar mal ou não desempenhar as suas funções, não trava laços de proximidade com os alunos, critica o desempenho dos funcionários que se desdobram em tarefas e não só. E pior que tudo isto junto, é o facto de ele ganhar por “dois carrinhos”. Ganha a reforma que adquiriu, e ganha pela sua suposta “missão” na escola, missão que não desempenha com sucesso.
Agora pergunto: Não era de deixar estas criaturas em casa a dar uso às pantufas e gozar a sua reforma? E colocar nestes serviços de mais responsabilidade, um agente no activo? (era sem dúvida mais postos de trabalho…)
Pois bem Senhor Ministro, já existe a geração rasca, a que anda à rasca e os que cada vez mais se desenRASCAm, pena não ser de outra maneira…

p.s. nada tenho contra os reformados, e não tenho por ideal de homem algo comparável ao Rambo.

02/10/2011

Não sei se me afogue...




Não sei se me afogue, ou se enfie a cabeça na areia…
Coloco aqui uma questão: O novo acordo ortográfico, contempla também os erros ortográficos, as más ou ausentes pontuações, frases sem nexo e falta de gosto e conteúdo?
É que passeando pelos meandros do vitual e não só, deparo-me com “tanta falta de língua mãe”, (ao contrário de tantas outras línguas que por aqui vagueiam), que até dói.
São erros, erros e mais erros. E em palavras ou frases BÁSICAS!
Mas quem é que no seu juízo perfeito, escreve um “i” em vez de um “e”, no meio de uma frase?
Quem é que não sabe, que se escreve “há” quando falamos em posse? Ou seja, quando falamos no verbo haver!
Quem é que se julga superior ao ilustre e falecido Saramago, e escreve vinte linhas sem um ponto final, sem uma humilde (mas tão importante) virgula ou sem qualquer outro tipo de pontuação?
Isto já para não falar deste péssimo exemplo, Que é Escrever no Meio de Uma Frase ou no meio de Palavras, com letras Maiúsculas…
Acredito que por muito mau, seja o novo acordo, não tem estas adendas por osmose da má prática da nossa língua.
Leiam, leiam muito, (nem que seja no WC no metro, na hora de almoço) ok isso é pedir muito…
É deprimente e ofensivo, abrir um texto (muitos nem isso se pode chamar) e não o conseguir interpretar, por não estar bem escrito, isto já para não falar na falta de conteúdo)
Se nos orgulhamos tanto de sermos portugueses por causa do futebol, (pois… não é preciso formação académica para ser jogador, e muitos até deviam ser multados por abrir a boca ), pelo fado, pela gastronomia e por exemplo pelos vinhos … tenham também orgulho em saber escrever e falar em BOM PORTUGUÊS!

TENHO DITO…