12/02/2012

Descreves-me assim...





Descreveste o meu corpo,
Como uma natureza viva.
Que te envolve,
Que te respira,
Que te faz delirar.
É uma natureza única,
Que aprendeste a tratar.
Descreveste o meu sorriso,
Como uma fonte de emoções
E descreveste a minha alma,
Como uma corrente se sensações.
Descreveste o meu olhar,
Como uma rebelde bandeira,
Que domina e faz dominar,
Que brinca , ama e é companheira!

07/02/2012

Pobreza em saltos altos...

Quantas e quantas famílias usam como palco, uma forma de vida que outrora vestiram. Calçam os velhinhos sapatos altos, e entram em cena... Na tentativa porém de barrar a entrada a estanhos aos bastidores e camarim da sua vida!
Sim, quantas pessoas se preparam no seu camarim, para entrar em palco sem uma sopa no estômago, sem uma sandes no bucho ou sem um copo de leite quente para aquecer a alma? Quantos actores neste palco da vida, declamam poemas de amor, quando já deitaram por terra um coração feito em cacos…
E quantos ainda sorriem, dão gargalhadas para o seu publico, e por dentro choram com míngua e ânsia de condições de vida dignas…
Todos os dias deitamos e acordamos com notícias perturbadoras. Assaltos à mão armada, mortes em consequências de assaltos, crianças e famílias em assustadora faltam de alimentos e dinheiro. Idosos que morrem no silêncio da solidão, sem que poucas ou mesmo nenhuma pessoa dê pela sua ausência.
Estamos a reconstruir um novo Mundo, mas de FORA para DENTRO. É como construir a casa pela parte da decoração, porque queremos logo ver a parte bonita…
Precisamos de nos solidarizar em cadeia, para conseguirmos atingir a maior área possível a melhorar.
Pois… quem precisa, precisa sempre, e quem dá, não pode dar toda a vida!
Porque não voltarmos a “baralhar o baralho” e dar cartas novamente?