18/02/2010

A MINHA ESCOLA

Tomei a liberdade (e não sou o Ambrósio) de escrever umas palavrinhas sobre algo que desde o ventre da minha mãe me corre nas veias.
Vou tentar falar sobre o Liceu de Matosinhos… Ou será sobre a Nacional? Pensando melhor, será sobre a Augusto Gomes? Bem, penso que é mesmo sobre a “Minha Escola” que vou tentar dizer algo.
A minha ligação à “Minha Escola” é coisa de família.
O Senhor Fernandes (o “russo”, como lhe chamavam) e a D. Emília (ou a Maria Emília, para outros), os meus pais, conheceram-se aqui. Daqui um beijo de saudade ao meu pai e um outro de carinho à reformada D. Emília.
Namoraram e casaram aqui (mais propriamente na Igreja...).
Eu cresci de certa forma habituada a este espaço. Quantas vezes comi Cérelac, feita pela D. Georgina, no berçário - actual salinha do café.
Depois, vinha todos os anos às tradicionais (e já extintas) festas de Natal dos funcionários e professores. Recordo ainda hoje o Pai Natal (e quantos anos andei sem saber quem ele era…). Mas hoje posso dizer: fica a saudade, Sr. Pinto!
Mais tarde, matricularam-me como aluna (não tinha outra alternativa, era filha da funcionária). Fui aluna (e ainda hoje me sinto, porque todos os dias aprendo algo), do 7º Unificado ao 12º ano (Unificado… como estou velhinha).
Conheci e fiz amizade com pessoas extraordinárias. Pessoas (professores, funcionários e colegas), que ainda hoje mantenho de certa forma junto de mim. É difícil falar em nomes, porque vou deixar de falar em alguns, e não é justo. Mas… correndo esse risco aqui vai:
Dr. Zé Alberto… um fenómeno. Sempre me esclareceu, mesmo sem eu perguntar, pena ser do FCP!
A minha doce e alegre Dr.ª Natividade, a única que fez o milagre de me pôr a gostar d’ Os Lusíadas. Saudades…
A Dr.ª Marília, comunicadora nata, e … obrigada por Pessoa ter entrado na minha vida.
Dr.ª Mª João Fernandes … só posso dizer - AMIGA!
E tantos outros… Dr.ª Georgina Teixeira, a senhora com os olhos mais lindos da escola, com bom humor, MAS com uma personalidade inconfundível. Continue, eu admiro-a!
Pronto, pronto… e o Dr. Caldas… que, quando conheci, era aspirante a professor (era estagiário, não me interpretem mal…)
Enfim… hoje…
… hoje, sou um pouco daquilo que recolhi na minha bagagem, sou aqui funcionária – até quando não sei. Sei apenas que, enquanto aqui estiver, tentarei (pelos menos aos alunos), dar em dobro aquilo que me foi dado a mim, enquanto aluna. Quanto mais não seja um sorriso.
Ao saber que a minha, a nossa escola, vai sofrer obras… queria apenas dizer que, para mim, e para todos os que por aqui passaram (pelo menos como alunos), esta não é mais uma escola, mas sim - A MINHA ESCOLA.

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