12/11/2010

Pobreza e discriminação sociocultural


Diariamente somos confrontados com imagens tristes, de adultos e crianças que vivem para lá do limite que se pode chamar pouca dignidade.
É tal a pobreza, que desconhecem que existem outras formas de viver. Não conhecem o conforto de uma casa, de um aconchego, de electricidade, água e sobretudo não têm alimento. A fome é cruel e violenta. Tão violenta, que quase que transforma estes seres humanos em sombras de si mesmo.
Mas provavelmente, só vendo com alguma frequência tais imagens, é que vamos tendo consciência, de tudo aquilo que está para lá de nós. Para lá do nosso umbigo, para lá do horizonte do nosso egoísmo.
Quanto a mim, há dois tipos de pobreza. Embora ambos sejam tristes e graves.
Há a pobreza da qual já referi atrás. Aquela que nos é visível, que nos entra através dos média. E que muitas vezes está mesmo ao lado da nossa casa, ou no nosso local de trabalho, basta sabermos observar. É uma “doença” gravíssima, difícil de combater mesmo pelos países mais ricos.
A outra pobreza, é a pobreza de espírito de coração. Esta não há pão nem sopa que a alimente.
E cada vez mais acredito que a pobreza material só existe, porque a pobreza de espírito nasceu primeiro.
E para não me alargar mais, faço uma pequena ponte entre a pobreza e a discriminação sociocultural.
Quando discriminamos, quando pomos de parte, quando “rotulamos” alguém, somos sem duvida duma profunda POBREZA DE ESPIRITO.

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