04/03/2011

Virar uma página...

Há um misto de nostalgia, por algo que ainda não desapareceu!
Há uma curiosidade e alegria, por um nascimento que vem a caminho!
As paredes começam a ficar envergonhadamente despidas, e as estantes gemem silenciosamente, de solidão. Até o cantar dos pássaros é rouco, e os melros negros esvoaçam desesperadamente pela perda dos seus ninhos, e pela ausência das migalhas deixadas, cair dos pães dos meninos…
E os “nossos” gatos vadios… sentem no ar a agitação da mudança; ouvem atentos do chiar dum carrinho de mão, que transporta mais uma pedra para a futura construção.
As árvores, essas, sempre de pé, desde o nascer ao morrer, interrogam-se sobre o porquê de sentirem nas suas raízes cócegas, fruto da dança da terra.
Como se sentirá a nossa nespereira, que toda a vida viveu aconchegada e protegida pelas quatro paredes do sul?
Mas, quantos mais “SES” e “PORQUÊS”, poderíamos colocar? No entanto, devemos apenas pensar que a História que nasceu dentro destas quatro paredes abertas ao Mundo, vai continuar a juntar capítulos, apenas e só com uma roupagem nova.
Desejo apenas que continue a fazer sonhar quem por cá passa, e que ajude no futuro de cada um!

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